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segunda-feira, 6 de maio de 2019

GUERRA FRIA

A PROPAGANDA IDEOLÓGICA NA GUERRA FRIA

A propaganda ideológica do capitalismo e do comunismo não surgiu na Guerra Fria. Ela já vinha ocorrendo desde os anos de 1920, com a consolidação do comunismo na Rússia; cresceu na década de 1930 no período da Grande Depressão que afetou os países capitalistas (vide Crise de 1929), e intensificou-se em nível global depois do fim da II Guerra Mundial e no contexto da Guerra Fria. Estados Unidos e União Soviética utilizaram-se de diferentes mídias para divulgar suas ideologias e destruir os oponentes: cartazes de rua, folhetos, revistas, jornais, programas de rádio e TV, filmes, desenhos animados, livros didáticos, histórias em quadrinhos e, lógico, os discursos políticos. A propaganda e a guerra ideológica provocaram, em ambos os lados, a perseguição de cidadãos que não se alinhassem ao sistema e, por isso, eram acusados de subversão e traição resultando em perda do emprego, prisão e, em alguns casos, à pena de morte. Nos EUA, a campanha anticomunista levantou suspeitas contra muitos artistas. O Comitê de Atividades Antiamericanas elaborou a Lista Negra de Hollywood com nomes de roteiristas, atores, diretores, músicos e demais artistas apontados como simpatizantes do comunismo ou com ligações com a URSS e, por isso, deveriam ser boicotados. Eles foram demitidos ou ficaram sob cerrada vigilância de seus colegas e superiores, e dos agentes federais. A propaganda capitalista e anticomunista A propaganda anticomunista foi produzida em muitos países alinhados aos Estados Unidos, como França, Itália, Espanha e o Reino Unido. Estendeu-se também aos países da África, Ásia e América Latina que estavam sob a hegemonia norte-americana. A propaganda capitalista e anticomunista exaltava a liberdade de expressão, as facilidades de consumo e as oportunidades de enriquecimento proporcionadas pelo capitalismo. Em contrapartida, denunciava que no comunismo não havia liberdade, o Estado comunista controlava tudo e tomava as terras e casas, a produção industrial era obsoleta, a agricultura deficiente e a população vivia infeliz e sem motivação resultando em altas taxas de suicídio. A propaganda soviética e anticapitalista A propaganda soviética apontava as enormes
desigualdades sociais, a miséria, o desemprego e a decadência moral (prostituição, drogas, pornografia etc.) do mundo capitalista. Denunciava o racismo e o preconceito existentes nos países capitalistas como as leis discriminatórias e as violências contra a população negra dos Estados Unidos. Em contrapartida, ressaltava a superioridade do regime comunista, em que o Estado garantia emprego, educação e moradia para o cidadão. Valorizava o espírito coletivista da sociedade comunista em que a produção industrial e agrícola era distribuída de maneira equitativa à população. Destacava que a economia comunista era planificada evitando crises econômicas e oscilações financeiras tão comuns nos países capitalistas.

Texto da Professora Joelza Ester Domingues
Disponível AQUI

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Israelenses

A população judia divide-se em asquenazes, de origem europeia, e sefarditas, originários da bacia mediterrânea. A cultura do país está intrinsecamente ligada à sua história, a do judaísmo. A diversidade cultural de Israel deriva da diversidade de sua população, cujo resultado é um caldeirão de costumes e crenças.
É o único país do mundo onde a vida é fundamentada no calendário hebraico. O trabalho e as férias escolares são determinados pelas festas judaicas. O dia de descanso é o sábado, o Shabat, que começa com o por do sol na sexta-feira à tarde e termina ao anoitecer do dia seguinte. Durante este período, todos os comércios, escritórios e instituições permanecem fechados, como nas festas populares da cultura israelense.
 Para saber mais sobre a cultura e curiosidades acessem AQUI.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

CONFLITOS ÁRABES- ISRAELENSES.



ORIGEM HISTÓRICA DOS CONFLITOS ÁRABES-ISRAELENSES.

As guerras árabes-israelenses foram os conflitos travados entre Israel e as nações árabes ao longo do século XX. Esses conflitos iniciaram-se a partir da criação do Estado de Israel em 1948 e foram motivados pelo controle da Palestina. A origem dos conflitos entre árabes e israelenses está diretamente relacionada com o surgimento do sionismo no final do século XIX. O sionismo teve origem oficialmente em 1896, a partir de um livro publicado por um jornalista húngaro que se chamava Theodor Herzl, em reação à perseguição da comunidades judaicas pelo império Russo. O sionismo surgiu no auge dos nacionalismos europeus e foi uma resposta ao antissemitismo (ódio e aversão aos judeus) que ganhava força na Europa, especialmente no leste europeu. O movimento sionista, foi apontado por muitos como um dos principais elementos relacionados com o aumento das tensões entre ambos os lados. De toda forma, o sionismo não é a causa do problema em si, mas um de seus fatores históricos mais importantes. A partir daí, começou-se a investigar a possibilidade de que esse Estado surgisse na Palestina, foi a busca dos judeus pela Terra Prometida, nos arredores de Jerusalém, com a consequente criação de seu Estado-Nação. No começo do século XX, a Palestina era majoritariamente ocupada por árabes e muçulmanos. Durante a Primeira Guerra Mundial, os ingleses haviam prometido a criação de um Estado judeu para os sionistas em 1917 a partir da Declaração de Balfour. James Belfour, ministro das relações exteriores britânico trazia ao mundo uma declaração oficial do que declara que “o governo de sua Majestade via com bons olhos a criação de um lar nacional judeu na Palestina, desde que se levasse em consideração os interesses das comunidades não judaicas presentes na região” Porém os ingleses também haviam feito a mesma promessa para os palestinos durante os anos da guerra. Os ingleses precisavam do apoio dos árabes na luta contra os otomanos. Depois da guerra, a ideia de formação de um Estado judeu na Palestina foi apoiada pela Liga das Nações, (espécie de ONU da época) o que gerou insatisfação e reforçou o nacionalismo árabe. Depois da Segunda Guerra Mundial e por causa do Holocausto na Europa, a presença dos judeus na Palestina aumentou consideravelmente. Havia um clima favorável ao judeus, perante as atrocidades sofridas durante a Guerra facilitando à criação de um Estado judeu.

Grupo impar Ana, Carlos e Tadeu.
Grupo par:  Sergio, Aline e Pedro.


CRIAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL

Com a questão da Palestina entregue à ONU, a criação do Estado de Israel foi levada à votação em uma Assembleia Geral realizada em novembro de 1947. Na Assembleia, decidiu-se por 33 votos a favor, 13 contra e 10 abstenções pela criação do Estado de Israel. Além disso, determinou-se que a Palestina seria dividida entre judeus e árabes, ficando 53% do território para os judeus e 45% para os palestinos. A cidade de Jerusalém foi colocada sob controle internacional. A solução encontrada pela ONU não foi aceita pelas nações árabes. Quando houve a proclamação do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948, uma guerra iniciou-se.


Guerra da Independência (1948/ 1949)

Essa primeira guerra iniciada após a proclamação do Estado de Israel que estendeu-se até janeiro de 1949 e iniciou-se quando forças do Egito, Síria, Transjordânia (atual Jordânia), Líbano, Iraque, além de forças palestinas, organizaram um ataque contra Israel. Havia, no entanto, uma grande diferença no treinamento entre as duas forças. O melhor preparo das forças israelenses, que tinha o apoio americano e das nações da Europa Ocidental, deu-lhes vantagem nesse conflito. Após esse conflito, outras guerras foram travadas entre árabes e israelenses ao longo do século, sendo elas:

Grupo impar:
Grupo par:

Guerra de Suez (1956)

O Egito era governado por Gamal Abdel Nasser (1950) que era extremamente nacionalista. Em 1956, o governo egípcio anunciou a nacionalização do Canal de Suez (liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho) e que impediria a passagem de navios israelenses, o que desagradou aos governos francês e britânico, que possuíam interesses econômicos no canal. Assim, uma aliança da França e do Reino Unido com Israel foi realizada, e os três países juntos organizaram um plano para atacar as forças egípcias, usando como alegação o fato do restabelecimento da livre navegação, já que o tratado de Constantinopla, 1888 havia definido a liberdade de uso do canal para países de qualquer bandeira. Em 29 de outubro de 1956, quando a Península do Sinai foi atacada pelas tropas dos três países, iniciando a Guerra de Suez. Os israelenses acabaram ocupando a Faixa de Gaza e o Sinai, o que enfureceu Estados Unidos e União Soviética, pois ambos viram seus interesses prejudicados com a intervenção de israelenses, franceses e britânicos. Pressões internacional Soviéticas e Americanos fizeram com que os três países se retirassem dos territórios egípcios conquistados.

Guerra dos Seis Dias (1967)

 Após, a Guerra de Suez, a relação entre árabes e israelenses ainda era tensa. Surgiram grupos de resistência palestina: a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). O líder egípcio Nassar apostou na unidade árabe e no apoio militar da união soviética como sendo suficiente pra vencer um nova batalha contra Israel (Guerra fria na época) Árabes apoiados pelos soviéticos e Israel contando com o apoio dos Estados Unidos.  Como consequência dessa guerra, Israel conquistou Jerusalém Oriental, a Cisjordânia, Península do Sinai e Colinas de Golã. A Guerra dos Seis Dias foi um ataque realizado por Israel, que, em apenas seis dias, conseguiu a tomada de territórios de vários países da região. Foram realizadas negociações posteriores para discutir a devolução dos territórios ocupados por Israel, mas a intransigência das nações árabes fez com que as negociações fossem um fracasso. Alguns desses territórios estão ocupados por Israel até hoje.

Grupo impar:

Grupo par:


Guerra de Yom Kippur (1973).

Por fim, o último conflito aconteceu em 1973, e ficou conhecido como Guerra de Yom Kippur (dia do feriado judaico, ou dia do perdão) Essa guerra iniciou-se a partir de um ataque surpresa conduzido por egípcios e sírios contra Israel no dia 6 de outubro de 1973, no Sinai e em Golã. Foi uma tentativa das duas nações recuperar os territórios que haviam perdido durante a Guerra dos Seis Dias. A Guerra de Yom Kippur apresentou diferentes fases: na primeira, houve vantagem das forças árabes; na segunda fase, as forças israelenses impuseram-se. A guerra estendeu-se até o dia 22 de outubro, quando, por mediação dos EUA e da URSS, uma trégua foi assinada. O objetivo das duas nações árabes de recuperar seus territórios, no entanto, não foi alcançado. O povo palestino é representado pela Autoridade Nacional Palestina e ocupa os territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, regiões teoricamente de propriedade dos palestinos. Isso porque a Faixa de Gaza, por exemplo, é considerado um território sem a soberania oficial de um Estado. De toda forma, os palestinos constituem um povo, com características culturais próprias e soberanas, como tal necessitam de um território que dê conta de suas especificidades.

Primeira Intifada


O Estado de Israel desenvolve uma política opressora nos territórios de ocupação palestina, suas ações são apoiadas pelos Estados Unidos. Os israelenses forçam os palestinos a consumirem seus produtos, restringem os direitos de ir e vir, censuram e impedem outros tipos de liberdade da comunidade palestina. Por esses motivos, os palestinos se revoltam em defesa de seus direitos e da liberdade de sua cultura no Oriente. A Intifada (revolta das pedras) surgiu como movimento palestino em Gaza e na Cisjordânia, surgiram os levantes espontâneos da população palestina contra os militares israelenses. A comunidade palestina, saturada pela opressão, combateu os militares de Israel fazendo uso apenas de paus e pedras, tal movimento caracterizou a chamada Primeira Intifada. Mas a Primeira Intifada não colocou fim ao conflito Israel-palestino, pelo contrário, serviu para intensificar a tensão na região e aumentar a instabilidade do local. Em alguns momentos a comunidade internacional tentou interferir para promover a paz na região, entretanto os envolvidos não chegaram a um acordo definitivo.

Grupo impar:
Grupo par:

Resumo do livro: Oriente Médio e a Questão Palestina.
Nelson Bacic Olic, Beatriz Canepa. Moderna 2007


Bandeira da Palestina.

Bandeira da Palestina.
Saiba os significados das cores da Bandeira Palestina.

CONFLITOS ÁRABES- ISRAELENSES.

ORIGEM HISTÓRICA DOS CONFLITOS ÁRABES-ISRAELENSES. As guerras árabes-israelenses foram os conflitos travados entre Israel e as naçõ...